sexta-feira, 9 de maio de 2014

Alone

Eu não sei se de repente acordei fora do planeta, ou se sempre estive fora dele mas só agora percebi que nunca pertenci a este lugar.
Minha canção do exílio é improvável porque sinto falta de um lugar onde nunca estive e de alguém que nunca conhecí. Pode ser que eu esteja idealizando um mundo novo, ou que apenas estou no caminho errado. Demorou pra eu perceber que minha vida tinha sido predestinada pelo senso comum de estudar, trabalhar, casar e ter filhos. Ao perceber tudo isso vejo que é mais difícil lutar contra um sistema que forja em todas as partes a liberdade, é incompreensível por parte das pessoas que ainda não acordaram e incompreensível da minha parte ver as pessoas que acordaram aceitando que nada nunca vai mudar.
Falta autoconhecimento de todas as partes, estamos destruídos pelos mesmos pecados do apego, inveja, vaidade, competição, futilidade, ciúme, egoísmo, egocentrismo.
Sinto que muito ainda me falta, sou distante do mundo porque assim encontrei uma maneira de me proteger, eu tive que me decepcionar muito pra reconhecer que também preciso desta defesa, não consigo ser colega de todos, prefiro ter conhecimento da existência de todos e ser amiga de quem realmente me tem como amiga de verdade, com pureza e fraternidade sem segundas intenções à quem eu possa desabafar e nunca role um desejo de se aproveitar do meu momento ou fraqueza.
Antes de mudar o mundo devemos nos mudar, acredito que tudo começa com o respeito ao sentimento alheio, a maturidade de saber o que dizer depende do tempo de cada um, mas todos temos um lado fraterno. Somos animais sentimentais, diferente de todos os outros que sentem fúria por conta do instinto de ameaça e proteção, nós temos uma série de sentimentos ruins que partem da ameaça ao nosso ego... Não consigo aceitar a felicidade forjada, por mais que eu me sinta bem não me sinto no direito de ser feliz enquanto inocentes choram, enquanto somos escravizados pelo o que nos disseram que traz felicidade! Eu não vejo graça em nada que tirará minha sobriedade para que eu me sinta bem, eu não quero depender do caminho de nenhuma religião e de nenhuma crença que prega o conformismo de que todas as almas precisam sofrer. O mundo tornou-se uma mentira em seu processo de evolução onde descartam os recursos naturais, onde nossa fonte de energia se esgota pelos vícios mundanos. O meu maior defeito e que já foi qualidade é a socialização, eu já quis tanto companheirismo, amizades, afeto da família e tive muitas decepções, porque creio que basta estarmos bem pra trocar opiniões e ideias, afeição e propósitos, mas também creio que não devíamos ter essa dependência. Ao menos nem todos precisam e eu sou uma delas, 8 ou 80, do mais basta que saibamos que o outro está bem e se não estiver damos o nosso sentimento fraterno. Eu não sei se busco me encaixar aqui ou se tento melhorar o que está ao meu alcance. Sou 8 ou 80 mas não sou instável, sou a mesma chata sempre e depois que mudo dificilmente engulo pra que seja meu próprio retrocesso.
Antes confiava tanto nas pessoas, queria conhecer e ajudar a todos, mas há dois anos eu quebrei minha confiança e não consegui me ajudar!!!
Amei de novo, e exigi que fosse como eu amo, sei que idealizamos o amor, mas eu só queria me sentir em paz pra lutar de novo e que ao menos eu amenizasse a dor interna que ficou de perceber que quando quebrei, nunca pertenci a este lugar!
Vou seguir o caminho com essa consciência e só tenho medo de não conseguir e ser mais uma que se acomodou achando que nada muda. Eu sinto a dor do mundo e não me digam pra pensar mais em mim, é por esse motivo que as pessoas desistem de pensar no coletivo que as vida tem alguns momentos bons pra uns e sempre ruim pra maioria, a maioria é infeliz e nem sabem, porque a felicidade está ligada ao materialismo!
Hoje me sinto sozinha e somente eu serei meu guia!

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