quarta-feira, 25 de agosto de 2010

A chama dos meus olhos



Eis a chama dos meus olhos negros
Eis a energia que me rege
Eis a expressão do meu olhar
Eis aqui a minha luz para lutar

Este brilho vem refletido da minha alma
Este brilho reluz no meu sorriso
Felicidade minha que ninguém tira
Felicidade minha que irradia

Há dias tenho observado
O quão difícil é aceitar
Que meu mais nobre brilho
Alguém queira apagar

Podem tentar me tirar
Podem querer ofuscar
Mas deste brilho
Só eu posso apagar

E por várias vezes só restou faísca
Por tantos dias reinou a escuridão
Alimentava-se do meu brilho
A minha pobre ingratidão

E por vezes aprendí
Que somente em minha mente
Pode reinar a escuridão

E por vezes entendí
Que minha alma sobrevive
Da Grande chama da paixão

O que seria de minha chama
Se não houvesse escuridão
Do que seria a escuridão
Se não fosse minha chama?

E destes meus olhos
Sai o reflexo de minha vida
De outras vidas
Vidas evoluídas

E de todo este brilho
De toda esta chama
É que surge o prazer
E o desejo de viver
Lílian Rafaela
Publicado no Recanto das Letras em 26/08/2010
Código do texto: T2459819

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