quinta-feira, 29 de abril de 2010

LÁGRIMAS DO ASTRO REI


Eu avistei de longe a cidade de brasília
No terrível engarrafamento natural
Os prédios estavam embaçados
Estava branco demais para serem avistados

O suor descia rasgando
O ar quente era inalado
Deixando meu corpo seco
Seco e acinzentado

Em uma leve tontura avistei as lágrimas
Lágrimas do rei sol
lágrimas por tudo que fizeram contra seu amor
Lágrimas de sua dor

Nossa mãe lua ontem estava cheia
E nos avisava do clarão que vinha hoje
As 07:00 da manhã tudo já estaria iluminado
Com uma luz que nos causaria a cegueira

O pai sol,
Astro rei,
Estrela em chamas
Raio do fogo

Entrando pela porta que abrimos,
Ultrapassando a camada de ozônio
Irradiando em nossa pele
Aumentando a sua própria radiação

Enquanto isso...
Em muitos lugares pessoas morrem afogadas
Tremendo-se de frio...

Pessoas morrem soterradas
Pessoas morrem enjauladas
Sem saber do risco que tanto correm
Deste sistema terrível que fez o grande astro rei chorar...


Lílian Rafaela
Publicado no Recanto das Letras em 29/04/2010
Código do texto: T2227228

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